Recorte Biográfico: Afinal, quem é CIRO GOMES?


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Por JOSIMAR LUCENA

Conheçam a história RESUMIDA do possível, futuro presidente CIRO GOMES.


Deputado estadual 1. Vez - 1982


-Reintroduziu no Legislativo cearense o debate sobre as questões nacionais, democracia, liberdade, reforma social e “até assuntos internacionais”.

-Defendeu o “voto camarão”, forma de protesto da oposição que induzia o eleitor a votar apenas para deputado federal e estadual, prefeito e vereador, deixando em branco os votos para senador e governador 

Deputado estadual 2. Vez - 1986


Nas eleições de novembro de 1986. Ciro conquistou seu segundo mandato de deputado estadual.

-Líder do governo na Assembleia estadual
-Apoiou a política de enxugamento dos funcionários fantasmas da máquina administrativa promovida pelo novo governador.
-Apoiou a estratégia de isolamento político dos coronéis e de extinção do clientelismo no Ceará.


Prefeito de Fortaleza - 1989


Eleito, assumiu o governo da capital cearense em janeiro de 1989, recebendo, segundo o jornal O Estado de S. Paulo, uma herança pesada da ex-prefeita Maria Luísa Fontenele, do Partido dos Trabalhadores (PT-CE).

Em apenas um ano,  limpou as ruas, tapou buracos, reabriu postos de saúde, recuperou escolas e colocou em dia os salários dos 22 mil funcionários do município. No ano seguinte, obteve  o melhor índice de aprovação entre os prefeitos das capitais, com 77% da avaliação de seu desempenho como ótimo/bom, segundo a Folha de S. Paulo.

Contudo, após 15 meses à frente de uma bem-sucedida administração municipal, deixou o cargo para candidatar-se ao governo do estado. 


Governador do Ceará - 1990


Ainda no primeiro turno, obteve 56% dos votos. Saiu vencedor em todas as urnas de Fortaleza, sendo que em três delas contabilizou 100% dos votos válidos. Foi o único governador do PSDB eleito em 1990.


-Incentivou a criação de micro e pequenas empresas pelo interior do estado

-Combateu a sonegação para aumentar a arrecadação
-Reduziu em 1/3 os índices de mortalidade infantil no estado
-Recebeu o prêmio Maurice Paté, concedido pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef)
-Levou assistência médica a 350 mil famílias, atingindo quase 1/3 da população cearense.
-Construiu um canal de 115 quilômetros para levar as águas do rio Jaguaribe até a capital, numa tentativa de enfrentar os problemas ocasionados pela grande seca sofrida pelo estado em 1993.
-Fez o estado crescer 8% em seu produto interno bruto
-Assegurou 50% de sua arrecadação mensal para investimentos, mesmo nos governos posteriores
-Zerou as dívidas interna e externa do estado

Parlamentarista, não poupou duras críticas ao PT por ter optado pela defesa do presidencialismo, sistema de governo que seria confirmado pelo plebiscito realizado em 21 de abril de 1993, dificultando uma eventual aliança daquele partido com o PSDB nas eleições presidenciais do ano seguinte.


Em setembro de 1994, foi convidado pelo presidente Itamar Franco para assumir o Ministério Fazenda. Deixou o governo do Ceará com o mais alto índice de aprovação – 74% – entre os governadores de 12 estados pesquisados pelo Instituto Datafolha naquele mês. 


Ministro da fazenda – 1994


Sua gestão à frente do Ministério da Fazenda de 04 meses, iniciada em 8 de setembro de 1994 foi marcada pela polêmica, característica de seu estilo. As primeiras medidas que adotou, 


-Reduziu as alíquotas de importação de 445 produtos 

-Extinguiu a cobrança do PIS/Pasep e do Cofins sobre as exportações.
-Criou a Taxa de Juros de Longo Prazo(TJLP)
-Fez intervenção nos bancos estaduais de SP Banespa e RJ  Banerj

Candidato a presidência  – 1998


Em junho de 1998, sua candidatura pelo PPS foi homologada, recebendo o apoio do Partido Liberal (PL) e do Partido da Mobilização Nacional (PMN). Seus principais adversários eram o presidente Fernando Henrique e Luís Inácio Lula da Silva, candidato da coligação de esquerda comandada pelo PT e integrada ainda pelo PDT, pelo PCdoB, pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB) e pelo PCB.


Ciro Gomes criticou a política econômica de Fernando Henrique em relação à venda do patrimônio público, à explosão das dívidas interna e externa, e à valorização artificial do real. Seu programa de governo previa a redução drástica dos juros e a adoção de um câmbio flutuante. Em relação ao candidato petista, suas críticas se dirigiram ao fato de Lula não ter vivência administrativa. Fernando Henrique foi de fato eleito no primeiro turno, com 53% dos votos, e Ciro Gomes ficou em terceiro lugar, com cerca de 10% dos votos.


Candidato a presidência  – 2002


O nome de Ciro Gomes já estava consolidado como um dos pré-candidatos ao pleito presidencial de 2002. Apesar disso, Ciro ainda defendia a unidade das oposições no primeiro turno para enfrentar o candidato governista, chegando mesmo a declarar que estava disposto a retirar o seu nome para formar uma ampla coalizão de centro-esquerda.


O programa de governo da Frente, cuja elaboração foi coordenada por Mangabeira Unger, assumiu o compromisso com a manutenção da estabilidade da moeda, com o "realismo fiscal" e com a abertura "criteriosa" da economia. Como medida fundamental para a “retomada do crescimento econômico”, previa a elevação da taxa de poupança interna do país por meio de uma reforma tributária que desonerasse o setor produtivo e da instituição de um regime de capitalização na Previdência Social.


O sucesso dessas reformas permitiria, segundo Ciro, a elevação do salário mínimo para mil reais em um período de oito anos. Aparte mais polêmica do plano era a proposta para a dívida interna, que tinha como base a concessão de juros mais elevados para os credores que concordassem com o alongamento dos prazos de pagamento.


No campo da reforma política, o programa defendia a instituição de uma "cláusula de barreira" para a representação parlamentar dos partidos, o financiamento público das campanhas eleitorais, a fidelidade partidária e, a longo prazo, a adoção do parlamentarismo. Outra sugestão polêmica era a utilização de "plebiscitos e referendos" para solucionar impasses entre o Executivo e o Legislativo. O programa também previa o fim do vestibular e do serviço militar obrigatório, a estatização da indústria de armamentos e o aumento das restrições ao comércio de armas.


Ministro da Integração Nacional - 2003


Lula assumiu a presidência da República no dia 1° de janeiro de 2003, e na mesma data Ciro Gomes foi empossado como ministro da Integração Nacional em substituição ao engenheiro Luciano Barbosa.


-Reativou a SUDAM e a SUDENE


Na proposta elaborada pelo ministério, a Sudam e a Sudene passariam a ser geridas por conselhos deliberativos formados por representantes da sociedade civil e dos governos estaduais, por trabalhadores e empresários, além de ministros de Estado e membros indicados pelas agências de crédito.


Segundo Ciro, essa foi a forma encontrada para “blindar” as instituições contra a corrupção. Pelo novo modelo, a obtenção dos incentivos fiscais estaria condicionada à participação dos trabalhadores nos lucros das empresas e à sustentabilidade ambiental dos projetos. Além disso, os riscos dos empreendimentos passariam a ser assumidos pelos operadores financeiros privados, que ficavam obrigados a ressarcir o Estado em caso de fraudes.

Coordenou o projeto de transposição das águas do rio São Francisco. Com custo estimado em cerca 4,5 bilhões de reais (apenas em sua primeira etapa), o empreendimento foi considerado a obra de maior impacto do novo governo.


Redação do Josimar Lucena do canal: Tatu não sobe em Toco. < https://www.youtube.com/channel/UCuXSuaDZjrRsftV1oLa1MNA > 


Com Informações da FGV.


Ver mais: http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-biografico/ciro-ferreira-gomes


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